quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Hibiscus (autor: Vera Ferreira)

Mais uma espécie conhecida por todos nós, os hibiscos ou mais usualmente, as Rosas da china.
Os Hibiscus pertencem à família das Malváceas, são na sua grande maioria arbustos que podem atingir uma altura de 3 m e ramificam na base. Florescem desde Maio até Novembro/Dezembro (em Portugal), pelo que são óptimas por terem uma floração tão prolongada.

Este é um género que possui muitas espécies e que apresenta uma variablilidade muito grande... Usualmente conhecêmo-los como sendo arbustos mas podem ser árvores de porte médio, trepadeiras e há até espécies cujos frutos são comestíveis... Portanto, vamos por partes....
Os mais conhecido dos hibiscos em Portugal, o H. rosa sinensis, é o mais adaptado ao nosso país Podem ser inúmera fotos no site hawaiano que se encontra em: http://www.hear.org/starr/hiplants/images/thumbnails/html/hibiscus_rosa_sinensis.htm.
Depois existe o H. schizopetalus originário de África Tropical Oriental, mas não encontrei na bibliografia o local de origem exacto, que necessita de mais calor e de boa humidade, por isso não se encontram tão bem adaptados às nossas condições mas são de uma beleza extraordinária, possuindo flores com pétalas ultrarecortadas, bastante diferentes dos que se vêem nos jardins de Portugal...

Pela informação existente, os hibiscus vendidos em Portugal são cruzamentos entre H. rosa sinensis x H. schizopetalus.

Em geral, os hibiscos são calcícolas (ou seja, gostam de viver em solos calcários), por isso, se por acaso a vossa plantinha estiver num jardim com solo ácido, terão de realizar uma calagem… No entanto, e como não há regra sem excepção, o Hibiscus moscheutos prefere solos ácidos… estes também existem à venda em Portugal mas são um pouco diferentes dos outros, isto é, produzem ramos a 1,60 m onde florescem e morrem, rebentando normalmente no ano seguinte.
Apenas por curiosidade, os ditos que se comem, são do H. abermoschus cujos frutos são conhecidos por quiabos e que agora já se encontram usualmente à venda nos supermercados de Portugal.

Existem mais espécies que considero fantásticas e lindissímos mas acho que para 1.º post sobre Hibiscus já é suficiente, senão corro o risco de ser chatinha… mas para os mais curiosos dêem uma vista de olhos no H. vitifolium (dedicado aos amigos e colegas da VITICULTURA) e no H. coccineus…

Por último, e só para não dizerem que me esqueci, existem também os de pétalas dobradas mas eu pessoalmente acho que perdem um pouco a piada… Beijinhos e espero que continuem a visitar bons jardins em 2008!!!!


(Fotos: Vitor Silva)

P.S.1 Obrigada Vera e Vitor por contribuirem mais uma vez para melhoria deste Blog!:)

P.S.2 Aqui tens Su, o teu Post "pedido"!;)



segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL!

Como não poderia deixar de ser, queria desejar a todos os amigos, colegas, leitores e visitantes um óptimo Natal!

Que épocas festivas como esta nos tragam ao coração e ao pensamento aquilo que de melhor existe em cada um de nós!

Que o Natal, para além das prendas, da alegria, do convívio, das comidinhas boas, principalmente nos presenteie com excelentes momentos de felicidade! Que nós faça esquecer as tristezas e nos permita viver aquilo que a vida tem de bom! O amor, a amizade, o carinho, a partilha, a cumplicidade e a felicidade!

A Todos os que lêem este blog:


FELIZ NATAL!


Obrigada por estarem desse lado!:)


Como não poderia deixar de ser, aqui fica uma outra das minhas paixões florísticas:


(Foto: Carlos & Sara - Outubro 2005)

Vulgarmente conhecida por "flor-do-natal" ou "Poinsétia", a Euphorbia pulcherrima, está indiscutivelmente associada ao Natal. É um arbusto, originário do México, em que as folhas vermelhas parecem pétalas quando a planta se encontra em floração. As flores (que na fotografia ainda não tinham florescido...) são pequenas e amarelinhas.

A planta pode viver vários anos, coincidindo a floração (no hemisfério Norte) com o solisticio de Inverno, ou seja, com o Natal!:)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Champagne, Cava... Espumante!

Ora ai está um grande dilema! Uma grande confusão na cabeça da maioria das pessoas...
Para os leitores enólogos e enófilos deste Blog, acredito que este Post seja básico e sem grande novidade (lamento desiludir-te Vera...)!
No entanto, nesta minha mais recente ocupação (promotora de vinhos, ou mais chique, Profissional do vinho!), muita confusão tenho visto nas cabecinhas deste "nosso Portugal"!!! Confusão essa, que por vezes, até a mim me baralha! Há uns dias atrás "aprendi" uma nova: O champagne vem da França e da Rússia! Hum?!!!
Bom, mas passando ao que realmente interessa, vinho espumante é "um vinho que tem um nível significativo de Dióxido de Carbono, fazendo-o borbulhar quando servido." (Fonte: Wikipédia)
Esta "borbulha" tão característica dos espumantes, resulta da segunda fermentação, que ocorre durante o processo enológico do vinho, fermentação esta que pode ser realizada em garrafa (método tradicional designado de "Champanhês") ou fora da garrafa (método "Charmat").
Pois bem, tanto o Champagne como o Cava são vinhos espumantes. No entanto, nem todos os espumantes podem ser chamados de Champagne (ou Cava...)! E é esta a grande confusão das pessoas! Tudo o que tem borbulha, chamam Champagne... O que é errado...
O Champagne é um vinho espumante, produzido na região de Champagne (em França) e só os vinhos desta região assim podem ser chamados, uma vez que obedecem a determinadas legislações rigorosas, que obrigam à produção das uvas na região demarcada, castas obrigatórias/recomendadas e a utilização do método tradicional para a sua produção, dando a este nectar tão afamado nome!
Portanto, Champagne só em França, da região de Champagne! (alguém sabe-me dizer onde foram buscar a Rússia?!)
O Cava é também um vinho espumante, Espanhol, também produzido pelo método tradicional, tal como bem disse a Vera.
No entanto, mundialmente é o Champagne que é mais conhecido! Assim, como o seu preço! E dizem que a qualidade também... (Eu sou suspeita... Só provei uma vez e confesso que não adorei...).
Diz-se que o Champagne que muitas das vedetas de Hollywood bebem é o "Cristal - Louis Roederer" que custa cerca de 300€, a garrafa!!! Uma bela garrafinha de espumante português, bastante razoável até, pode valer 10/15€... Só para terem uma ideia das diferenças do que estou a falar...
Para terminar, queria apenas dizer que bebam muito espumante nestas festas! Seja ele qual for!:)
Mas como já devem saber: "O que é nacional é bom!"...E bem mais económico!;)
P.S. Vera, como vês já tens a tua prenda Natal... Só não sei se te desiludi...:P

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Cava

Antes de escrever um "verdadeiro" post sobre o tema que lancei no post anterior (os vinhos), vou lançar um desafio!!!
Porque os espumantes espanhóis são denominados de "Cava"?:)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Dão-me licença?"

Queridos amigos e leitores deste blog,
como se costuma dizer, estes últimos tempos "perdi o pio"! Na verdade, a disponibilidade para escrever algo para este meu querido espaço não têm sido muita! E o motivo pelo qual não o tenho feito também passa pelo facto da minha ocupação actual (e temporária) estar relacionada com um assunto que nunca aqui foquei: Os Vinhos!
Pois é, no "Flores, jardins e afins.." nunca falei desta área da Agronomia que muito me encanta também! No entanto, creio que os vinhos até podem ser incluídos nos "afins..", mas sem dúvida que nesse caso, a minha capacidade para escrever algo coerente diminui bastante!
O que se passa é que de algumas semanas para cá ando nas promoções de vinhos! E mesmo sendo um trabalho que lida apenas com os conhecimentos básicos da viticultura e enologia, sinto que tenho aprendido bastante!! Em vários aspectos...
E por isso mesmo tenho vontade de introduzir mais este tema aqui no meu blog! Espero que os leitores mais assíduos e defensores das "flores e jardins" não me levem a mal!!!
A minha preferência não mudou!! Apenas o mundo de trabalho ainda não me permitiu contactar de perto com aquilo que me dá mais prazer e que mais escrevo aqui...
Podem ficar aguardar noticias para breve!!E desta vez, sobre vinhos...:)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Ipomoea purpurea

Vamos então tentar esclarecer um pouco da dúvida que lancei no Post anterior!!!
Gostaria primeiro de referir que as fotografias foram tiradas durante o período em que estive de férias com a Vera. Não revelando aqui a "asneira" que eu disse ao tentar dar o nome a esta planta, posso apenas dizer que a dúvida desse mesmo nome persistiu entre nós nos restantes dias de férias!!!!
A ideia do Post surgiu quando a Vera finalmente descobriu o nome desta linda planta!!!
De facto, como disse a Monique é uma espécie pertencente ao género Ipomoea sp., que por sua vez pertence à família das Convolvulaceae. No entanto, a espécie aqui em questão é designada cientificamente por Ipomoea purpurea. Mas como é óbvio existem nomes comuns para esta espécie, o que por vezes, como a Vera bem diz, só existem para gerar confusão...
A Ipomoea purpurea é vulgarmente designada por corda-de-viola, corriola, campainha... E não campânula, Jorge!;) E nas minhas pesquisas pela net penso que não é esta espécie que apresenta a característica das flores fecharem durante a noite... Mas relativamente a este fenómeno tenho as minhas dúvidas pois encontrei informações contraditórias! Alguns sítios dizem que é a Ipomoea purpurea que fecha as suas flores durante a noite, outros referem a Ipomoea alba... Por isso não fiquei esclarecida!
As espécies do género Ipomoea podem ser árvores, lianas, plantas arbustivas ou herbáceas. A Ipomoea purpurea é uma planta anual, herbácea e trepadeira, originária da América tropical e sub-tropical estando por isso melhor adaptada a climas quentes e húmidos. No entanto adapta-se bem a diversas condições. É resistente a pragas, prefere solos ricos em matéria orgânica, adaptando-se a qualquer tipo de solos, desde que apanhe bastante sol e tenha água em abundância.
As flores apresentam forma de funil (fotos) e a sua coloração varia do purpura até ao rosa, podendo existir ainda flores brancas e até vermelhas. A floração ocorre na Primavera e no Verão.
São plantas utilizadas em terapia floral, para expandir a energia do corpo, mas podem causar reacções adversas tais como: alucinações e psicoses.
Podem ser cultivadas mas surgem muitas vezes como flora espontânea... O que se torna por vezes desagradável, uma vez que são trepadeiras que desenvolvem gavinhas e na presença de outras culturas, competem com estas pela água, luz e nutrientes e dificultam as operações culturais associadas a outra cultura.

sábado, 24 de novembro de 2007

Afinal qual é o nome?

Autoras das fotos: Vera & Sara



Então e digam-me lá se alguém sabe o nome desta bonita flor? Existe por todo o lado, RESMAS!!! Já a encontrei em Oeiras, Sintra, Coimbra, Algarve...


Mas alguém sabe seu verdadeiro nome?:)

(Vera, está pergunta não é para ti... Não sejas batoteira,ok?eheheh)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Quem sou eu

Aviso desde já que este Post não têm MESMO nada a ver com o tema do Blog, mas sim com a secção do canto superior direito desta página que se intitula: "Quem sou eu" e na qual eu nunca encontrei as palavras para preencher a parte destinada à minha auto-caracterização...

Pois bem, hoje, uma grande amigo meu (ele sabe que é dele que estou a falar), numa pequena troca de "e-mails cinematográficos" decidiu terminar o seu discurso dizendo-me o seguinte:


"...acho que partilhas de uma certa falta de paciência para coisas que no fundo são uma fachada e vives a vida de uma forma despretensiosa onde no fundo só queres mesmo é ser feliz!"


E eu acho que esta será provavelmente a frase ideal para colocar no "Quem sou eu"! Talvez nem eu, numa introspecção profunda, conseguisse dizer de forma tão simples, aquilo que penso acerca de mim. Obrigada, Amigo!;)


domingo, 18 de novembro de 2007

Ciclames na Av. Liberdade

Na sexta-feira passada, estive na Av. da Liberdade à noite, para visitar a exposição de pintura de um amigo meu. Dirigi-me ao local com mais dois amigos e qual não é o meu espanto quando olho para o lado e vejo uns canteiros da Avenida repletos de ciclames.
De facto, são raras as vezes que passo na Av. da liberdade a pé... E por isso mesmo acho que não estava à espera de ver tais flores (que por sinal gosto bastante) a decorarem a calçada de tão conhecida avenida e principalmente tão bonitas como estavam.
As fotografias infelizmente não estão no seu melhor (confesso que terão que fazer um PEQUENO esforço visual...), mas uma vez que não havia máquina fotográfica à mão, teve que ser mesmo com o telemóvel. De qualquer forma, fica aqui o registo! E se passarem por lá, reparem porque na minha opinião estão realmente muito bonitos os canteiros!:)




Autor das fotos: Ricardo; pessoas nas fotos: Sara & Jorge

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Ainda o biodiesel

No seguimento do Post anterior e alertada pelo Jorge, aqui está uma noticia que me parece interessante: Um barco a biodiesel. Podem ver informação mais completa aqui.
Dêem uma espreitadela!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Os girassóis e o biodiesel em Oeiras

Ao longo deste Verão, muito se falou entre os moradores (e/ou conhecedores do concelho de Oeiras) sobre a plantação de girassóis em alguns hectares do concelho, nas proximidades do Oeirasparque!
Acho que foi do conhecimento geral que o objectivo da plantação era "ocupar" e dar um aspecto mais harmonioso aos terrenos ( reforça-se, BALDIOS!) que estão já algum tempo destinados à segunda fase de conclusão do Parque dos Poetas! No entanto, algumas pessoas mais atentas e preocupadas com o dinheiro do município, questionaram muitas vezes: "De que serve plantar isto, durou tão pouco tempo, murcharam logo, não voltam a dar flor e só se gastou dinheiro?"
Confesso que nunca acreditei que assim fosse... Cheguei a perguntar a pessoas mais entendidas sobre a cultura do girassol, como a "coisa" funcionava...E as informações que obtive (sementes caras, necessidade de preparação do terreno, ciclo cultural curto) sempre me levaram a pensar que os responsáveis por tal projecto, não poderiam apenas estar a pensar no aspecto ornamental que os girassóis atribuíram ao concelho durante os meses de Verão! Pensei sempre para comigo: "Quem fez isto, sabe o que está a fazer! E algum objectivo final deve existir...".
Pois é!Mas a maioria das pessoas, munícipes principalmente, assim que começaram a ver os girassóis murcharam, desataram a criticar o projecto! "Uma estupidez!!! Não durou tempo nenhum...", "Qual é o interesse? Não voltam a nascer flores...", etc, etc... Mas para todos aqueles que não me ligaram quando eu disse que acreditava que algum destino útil teriam todos aqueles girassóis, aqui transcrevo uma breve noticia:

"Do girassol ao combustível: Nos terrenos onde em breve deverá surgir a segunda fase do Parque dos Poetas a Câmara Municipal realizou, em Abril passado, uma sementeira de girassóis, numa extensão de seis hectares. A sementeira foi colhida em Setembro, tendo sido alcançada a produção de cerca de 650 quilos de sementes de girassol. Depois da colheita, as sementes foram encaminhadas para a empresa Oleotorres, parceira do Projecto Óleo Valor e responsável pela recolha dos óleos alimentares usados para a produção de biodiesel. Esta iniciativa reforça a estratégia de actuação da Autarquia de Oeiras em prol do desenvolvimento sustentável do concelho." In: Boletim Municipal Oeiras Actual Nº 178, Out/07.
Na minha humilde opinião, aqui está um exemplo de uma iniciativa com objectivos actuais, sociais e estéticos, não descuidado a sustentabilidade do futuro! E não querendo ser mal interpretada e muito menos que pensem que escrevo um Post de carácter politico, quero reforçar que apenas expresso o meu contentamento por ter tido oportunidade de acompanhar (como munícipe, claro) um projecto destes! A que sem dúvida, "tiro o chapéu"!
Gosto de girassóis, achei muito bonito tê-los a "decorar" o concelho durante o Verão, não gosto de desperdícios e dinheiros mal gastos e sou totalmente a favor da ecologia e da sustentabilidade futura, ou seja, neste caso especifico, biodiesel!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

De regresso...E com muito para contar!!

Olá, Olá!
Estou de volta!
Ainda não tenho comigo o registo fotográfico de todos os sítios lindos por onde passei! Escusado será dizer que conseguimos atingir as 500 fotografias, e como é óbvio, por muito que gostasse, não as poderei pôr todas aqui! De qualquer forma, assim que as tiver disponíveis, irei fazer uma pequena selecção!
Mas mesmo sem fotografias, estou cheia de vontade de partilhar algumas das coisas que aprendi estes dias....
Estive por vários sítios, cidades, serras, aldeias... Foi muito bom!
E a nível botânico foi sem dúvida um "mini-curso" prático! À parte a minha dislexia para os nomes de algumas espécies e locais, sei que aprendi umas coisitas...
Bom, mas passando ao que realmente interessa!
O que foi afinal que eu vi?
Estive em Coimbra, onde visitei o jardim botânico, que me desiludiu ainda mais que o jardim botânico da Madeira. O que é uma pena... Não consigo perceber como cidades como estas abandonam assim este tipo de espaços... Mas apesar de tudo conseguimos apreciar a bela avenida repleta de tílias e até tirar umas fotografias ao pé de uma Gingko biloba, que eu tanto gosto!:) (segundo a Vera existem aos montes por todo o lado, mas lá por serem "vulgares" eu acho especiais...).
Estivemos no jardim da Quinta das Lágrimas, onde D. Inês de Castro chorou "lágrimas de sangue" e mesmo em frente encontra-se uma Sequoia sempervirens!! Nunca tinha visto uma e delirei... Merece tanto ou mais respeito que os Gingkos!
Estive na serra da Lousã! Fiz um daqueles percursos que vão dar às típicas aldeias de xisto (nós fomos especificamente ao Talasnal) e ADOREI!
Confesso que para mim talvez tenha sido um dos pontos mais altos das férias... Foi pena a hora e o facto de ser Inverno e escurecer muito cedo... Mas a sensação de andar no meio da Serra, sozinha, envolta em toda aquela vegetação, sentindo aquelas correntes, ora de ar frio, ora de ar quente... com o barulho das águas sempre acompanhar o nosso percurso... Olhar em volta e só ver verde, sentir o ar puro, aqueles cheiros... Gostei muito! E a aldeia é realmente encantadora!:) Isto porque está recuperada, claro...
Estivemos ainda no Buçaco, onde também encontramos espécies muito interessantes, inclusivamente um Cupressus lusitanica que dizem ser o mais antigo de Portugal...
Fomos ainda a S. Pedro do Sul, que apesar de ter vários percursos (que nos indicaram e que consta serem maravilhosos) não tivemos oportunidade de os fazer...
Andamos por muitos outros sítios, mas que deixarei para falar depois, juntamente com o registo fotográfico!:)
Mas para já, fica aqui um pequeno resumo...
P.S. Susana, não me esqueci do post dos Hibiscus, mas devido algumas "descobertas" ao longo destas férias, vai demorar mais um pouco, porque terá de ser reformulado.... Depois explico-te melhor!;)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Férias - Parte II

Caros amigos, colegas, leitores ou simplesmente pessoas interessadas neste meu pequeno espaço cibernautico:
Vou de Férias!!!:)
Eu sei...Eu sei... Ainda há pouco tempo publiquei um post que dizia o mesmo! ("mas que raio, esta miúda está sempre de férias?!")
Não é bem assim... Estas férias têm sabor a objectivo alcançado...:) E mesmo não estando no Verão, vou ver se descanso, se me divirto e se arrumo definitivamente este longo percurso que foi o TFC!
E tendo em conta os sitios por onde vou estar e a compaanhia, tenho a certeza que virei repleta de coisas novas para pôr aqui neste meu querido Blog!:)
Até lá!!!

domingo, 28 de outubro de 2007

A "poda" do meu bonsai

Depois de uma ida ao "veterinário" (não que estivesse doente! Mas para um check-up geral e também para eu aprender umas coisas!) o meu querido bonsai foi podado e trabalhado.... Já escolhi o sitio ideal para o colocar em casa, já aprendi a melhor maneira de o regar (quando e como) e também me foi aconselhado colocar musgo por cima da terra! Quanto à transplantação, as raízes ainda estão bastante soltas e espaçadas, por isso ainda aguenta pelo menos um aninho no mesmo vaso....
Sei que ainda tenho muito aprender e a fazer!!
Com a poda tentou-se obter uma copa mais homogenea (como podem ver pela foto do antes) e tentar esconder algumas imperfeições características de bonsais, mas que devem ser trabalhadas para este ficar com o aspecto mais natural possivel!

Sei que se calhar a diferença está só nos meus olhos, mas actualmente ele está assim:




Ainda há muito trabalho a fazer...
Como a minha amiga Constança me disse: "Os bonsai são para toda a vida, assim como as amizades!!" Por isso, aos poucos irei trabalha-lo...E espero que ele não me desiluda e me acompanhe! Se eu o merecer, claro!!
E obviamente que vou actualizando as suas alterações aqui neste meu pequeno cantinho!!
Mas para já, fica o cheirinho da poda...eheheh
P.S. Para quem se lembra do Mangerico, infelizmente com a chegada do Outono a sua copa linda (como confesso que nunca tinha visto),a cabou por ir murchando e morrer... Nunca o tive aqui em casa, mas esteve sempre em boas mãos!:) e posso garantir que foi o mangerico que tive que durou mais até hj!!E por isso, já fico satisfeita! Para o ano há mais!!:) Espero eu...eheheh

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Finalmente terminei!

Pois é...Este post é muito especial para mim... Esperando que não me interpretem mal, que pensem que é exibicionismo ou mania de "grandezas", hoje posso dizer que a partir deste momento, o blog pertence a uma Engenheira Agronoma!:)
Finalmente ontem terminei o meu tão interminavel TFC...E correu bem!:)
E recebi uma prenda muito especial, dos meus amigos também muito especiais...:)
E que não poderia deixar de partilhar aqui:




Ficus gingseng

Estou muito feliz!!:)

Um objectivo muito importante atingido....

Espero que venham muitos mais!:)

domingo, 21 de outubro de 2007

A velha história do Crisântemo

Para quem é assiduo deste blog, sabe perfeitamente do que eu vou falar!
Pois, amigos! O meu famoso e antigo crisântemo continua a dar que falar!!! E desta vez tive forma de o fotografar para que vocês vejam!:)
Olha p'ra ele com umas florzitas tão jeitosas!:)









quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Fotografias chorisia

Apesar de alguma ausencia de post's (estes ultimos dias andei a terminar o meu TFC), a Vera andou a passear!!!:) E no meio dos seus passeios, tirou fotografias das famosas chorisias! Como não podia deixar de ser, fico aqui o registo:








quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Bonsais

Mais uma pergunta que me fazem...Mais uma que não sei responder....
Pior!!!Nem sei bem onde ir procurar...
Por isso lanço aqui o desafio: Alguém sabe quando se mudam os bonsais de vaso? Tipo, quando já estão com as raizes tão grandes para o vaso em que estão que quase que fazem lembrar as chinesas com os seus pézinhos enfiados em sapatos 5 números abaixo!!!
Bom, a verdade é que passa-se isso com os bonsais aqui da clínica...E eles tem que ser mudados de vaso!mas uns dizem que é no Inverno, outros no Verão...Uma confusão!
Eu confesso que de Bonsais percebo pouco, o unico que tive não durou muito tempo lá em casa...
Portanto, quando se muda o vaso a um bonsai?
E mais informações interessantes sobre estas plantas são bem vindas!:)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Nomes repetidos...Gingko está na moda?!

Afinal descobri que o nome "Gingko" é mais utilizado para espaços comerciais do que imaginava... Numa das minhas pesquisas cibernaúticas, descbri que existe um restaurante vegetariano no Estoril, com o nome Gingko!
Será que não existe qualquer coisa semelhamente a "plágio" ou "marca registada" relativamente ao nome de estabelecimentos comerciais?! O mesmo nome, um em Oeiras, outro no Estoril...Um é restaurante, outro é um centro de lazer...Hummmmm..... Não me soa mt bem!
Mas se calhar assim, eu ainda posso manter o meu sonho de um dia ter uma empresa "Sara Jardins"!!eheheh

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Bombacaceae (Autora: Vera Ferreira)

As sumaúmas são árvores produtoras de fibra fina e sedosa que se usa em enchimentos de almofadas. Estas fibras mais conhecidas por kapok encontram-se à volta da semente, envolvendo-a. No entanto, Chorisia speciosa (lê-se Corizia) é a mais bela de entre as sumaúmas, e a mais usada em jardinagem e paisagismo.

Speciosa significa magnífica, possivelmente uma alusão à fantástica floração, que se dá no Outono, meados de Outubro. No fim da estação inicia-se a queda das folhas sendo uma árvore de folha caduca.

Os troncos são cinzentos esverdeados e normalmente possuem acúleos (projecção na superfície da planta, sobretudo no caule, semelhante a um espinho, tal qual como as rosas) afiados nos ramos mais jovens.

As folhas são compostas palmadas (forma de palma da mão), e caem na época da floração. As flores são grandes, com 5 pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Durante a floração, a árvore vira uma grande mancha rosa que faz um belo espectáculo da natureza.

É realmente uma árvore muito bonita para se ter no jardim, se o nosso jardim a puder acolher… estas árvores podem atingir 20 m de altura.

São originárias da América do Sul, nomeadamente, do Brasil, de florestas tropicais e por isso não suportam geadas, no entanto, há exemplares de Chorisia em Belém (zona próxima do mar com menor risco de ocorrência de geada), uma delas mais antiga, do lado direito do Mosteiro dos Jerónimos. E também mesmo em frente à entrada principal do Centro Cultural de Belém. O que acontece é que as do CCB são provenientes de sementeira e por isso, devido à variabilidade genética, cada uma é diferente da seguinte, há umas altas outras baixas, umas que florescem em Setembro e outras que florescem apenas em Novembro, há algumas com acúleos e outras nenhuns acúleos, enfim… a Natureza no seu melhor! Correctamente, e como as árvores estão dispostas numa fila, deveriam ter-se feito árvores todas iguais, através de enxertia ou então clonagem (técnicas muito fáceis em plantas e que se podem fazer, não é como a Doly :-)) dando origem a uma Avenida que daria um pouco mais gosto pois estaria mais homogénea! Mas enfim… Como não se pode ter tudo, ficamos com uns Outonos floridos neste cantinho da Europa que até consegue ter árvores tão tropicais!
p.s. Mais uma vez obrigada Vera por este excelente post!;)

sábado, 8 de setembro de 2007

Gingko

Ontem, a desfolhar o Jornal “Metro”, encontrei uma notícia que me chamou atenção. Nem tanto pelo seu conteúdo, mas sim pelo nome dedicado ao espaço que pretendiam divulgar. A noticia referia um espaço novo, que abriu aqui perto de minha casa (em Porto Salvo) destinado ao bem-estar. Ou seja, uma coisa bastante na moda nos tempos que correm, onde nos podemos dirigir (quando formos ricos, velhos e stressados!!!) para relaxar, através de massagens, banhos turcos, saunas, etc, etc.
Mas o que me chamou atenção não foi a utilidade do espaço, muito honestamente! O que achei curioso foi o nome escolhido para o local: Gingko.

Como sabem (quem não sabe, passa a saber!!) a arvore Gingko biloba é o único representante vivo da classe Ginkgópsidas, sendo muito utilizada como ornamental devido às suas folhas características, em forma de leque e com um sistema de vasos condutores muito simples, o que demostra a rusticidade da planta, mais primitiva e anterior à evolução da maioria das plantas actuais.
No artigo, o que captou a minha atenção, foi a importância que deram à explicação da escolha do nome do espaço e que passo a citar em parte:

Chama-se Gingko e a imagem de marca é a dita árvore que simboliza a paz e a longevidade por ter sobrevivido às explosões atómicas de Hiroshima. É também um sinal de resistência e capacidade de adaptação (…). (…) planta milenar (Gingko Biloba) que mantém as mesmas características de há milhões de anos, quando ainda andavam dinossauros sobre a terra (…)”. Fonte: Paula Oliveira Silva in Jornal “Metro”.

Achei interessante o artigo por ter feito, por mais simples e resumida que seja, uma pequena introdução a esta espécie que tanto respeito merece! Afinal de contas, não se pode andar por ai a colocar o nome de tão ilustres árvores em espaços e depois não lhes dar a sua devida importância! Certo?
Upgrade: Alertada pela Vera, deixo aqui um enquadramento visual para quem desconhece o aspecto desta árvore milenar!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Nomes, características e classificações...

Este post pretende responder a uma dúvida que surgiu durante as férias!
Para quem vai ler (principalmente para quem está inserido no meio da biologia/agronomia), talvez pareça um esclarecimento um pouco básico… Mas a verdade é que a dúvida surgiu e, mais uma vez, depois de algumas divagações, a dúvida persistiu…E para que isso não volte acontecer, aqui está este post para me ajudar a esclarecer e para que caso a dúvida surja em situações futuras, qualquer um de nós possa tentar esclarecer aqui…

Portanto, passando à dúvida propriamente dita:

Gimnospérmicas, Angiospérmicas, Monocotiledóneas, Dicotiledóneas, Monóicas, Dióicas, órgãos reprodutores masculinos e femininos, coníferas…Algumas classificações e características pouco definidas!!!

Dentro do Reino das Plantas, temos várias classes, entre as quais as Gimnospérmicas e as Angiospérmicas. Dentro desta última classe, existem duas sub-classes, as Monocotiledóneas e as Dicotiledóneas.

As Gimnoespérmicas possuem as “sementes nuas”, que de um modo geral formam-se dentro de cones, sendo a maioria das Gimnospérmicas actuais coníferas. As Angiospérmicas, produzem “sementes fechadas”, que geralmente encontram-se dentro de frutos.

As Monocotiledóneas apresentam um Cotilédone, raiz fasciculada e o caule é simples, sem ramificação. Já as Dicotiledóneas apresentam dois cotilédones, raiz aprumada e um caule ramoso (tronco e espique).

Relativamente às plantas monóicas e dióicas. As plantas que produzem no mesmo indivíduo flores masculinas e femininas (a maioria das Gimnospérmicas) são monóicas. As plantas dióicas são aquelas que apresentam indivíduos unicamente com flores masculinas e indivíduos unicamente com flores femininas (Ex. Kiwi).

Nas coníferas (indo um pouco mais ao fundo da questão que surgiu em férias), os órgãos reprodutores são tipicamente cones mais ou menos alongados. Os masculinos são flores, enquanto os femininos são inflorescências. Como já disse, na generalidade as coníferas são plantas monóicas, o que significa que os cones femininos e os masculinos se encontram no mesmo indivíduo.

P.S. Continuo a não perceber a divagação da vizinha da tenda ao lado em chamar àquele “cogumelo”, esporófito…

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Pessoal!!!
Vou de férias!! Ver se descanso e me divirto um pouco antes da etapa final do TFC!

De qualquer forma deixo aqui uma das minhas fotografias favoritas...É o "painel de fundo" do meu portátil...ADOOORO!;)

Por sinal é uma flor que também gosto muito...Só é pena ser, na grande maioria das vezes, uma flor de corte, o que significa que chega-nos sempre às mãos já morta e com apenas alguns dias de beleza... Quando tiver o meu jardim, vou plantar Gerberas!

Enjoy!;)




Gerberas spp.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

As Amargoseiras

O texto que se segue é mais uma excelente colaboração da Vera!
Hoje venho falar duma árvore de porte médio, que é muito usual como ornamental, sendo facilmente encontrada em jardins, parques ou arruamentos, nomeadamente no Alentejo, onde resido actualmente.
São vulgarmente designadas por amargoseiras, jasmim azul ou lilás das Índias, mas também podem chamar-se mélias, e são da família das Meliaceae.

A Melia azedarach é uma árvore de folha caduca originária da Índia, sul da China e também Austrália, que atinge rapidamente 1,5 m de altura.
Apresenta folhagem densa muito recortada e muito escura fazendo copas compactas. Os troncos são muito bonitos, esbranquiçados, róseos ou avermelhados com veios castanho escuros.
Apresenta floração na Primavera, em Abril e Maio; com flores pequenas, roxas e estames amarelos. As flores são muito cheirosas.
O fruto é uma drupa pequena de cor amarela, que persiste mesmo depois das folhas caírem, durante o Inverno. Segundo a Sara, quando os frutos caiem deixam os passeios todos sujos e peganhentos, e tudo piora, se cair em cima dos carros. Além deste inconveniente, as sementes são muito férteis, e na bibliografia consta que os E.U.A. a consideram uma espécie invasiva e por isso a sua transacção está proibida no país.
Podem ser podadas exceptuando em locais de muito vento, mas não há necessidade de fazer poda. E não devem ser colocadas em corredores de vento, pois como são árvores de crescimento rápido, partem facilmente.
Dão-se em qualquer tipo de solo; e em Portugal em qualquer local do país, nomeadamente, ao clima do Alentejo (Évora e Beja apresentam bastantes exemplares).
Há dois anos, o fim-de-ano foi passado em Évora e lá estavam elas completamente sem folhas e com os frutos pendurados, pequenas bolinhas amarelas quase douradas.
Por último, e como curiosidade, apresentam propriedades anti-virais e anti-cancerígenas.
Para verem alguns exemplares, podem ver aqui, aqui e aqui!:)
P.S. Obrigada Vera! Pela colaboração e pelo entusiasmo desde o incio deste Blog!:)

sábado, 4 de agosto de 2007

Os "limpa-garrafas"

As espécies do género Callistemon pertencem à família Myrtaceae e são, na sua maioria, endémicas da Austrália. Adaptam-se bem às regiões temperadas, junto à costa, mas suportam o frio sub-tropical e mediterrânico.

São vulgarmente designadas por “limpa-garrafas”, mas podem também ser desigandas de “escova-de-garrafas” ou “lava-garrafas”.

Estes arbustos são muito engraçados!!! De cada vez que encontro um, dou por mim a sorrir! Sem dúvida que o seu encanto está nas inflorescências! Estas apresentam um formato cilíndrico com numerosos estames, sendo as flores, na sua maioria, vermelhas. É vulgar também encontrar flores amarelas, brancas, rosa, púrpura e até mesmo verdes. Podem dar flor todo o ano e a maioria das espécies frutifica no Verão.

São arbustos perenes, de crescimento lento. São pouco exigentes em relação à fertilidade, preferindo solos húmidos, neutros a ácidos, mas com boa drenagem. Toleram podas drásticas, principalmente quando se encontram danificados pela geada.

Multiplicam-se por semente e estaquia de ramos semi-lenhosos.

Dão-se bem junto à base de uma parede quente, num canteiro para arbustos. Necessitam de muito sol.

São na minha opinião, arbustos muito alegres para qualquer jardim! E para quem não os conhece, quando encontrarem algum vão realmente constatar que parece mesmo uma “cópia” de um limpa-garrafas!!! Ou vice-versa….



Fotos: Carlos & Sara

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Fica prometido...

Alô, Alô!!!
Ando um pouco desleixada com este meu pequeno cantinho ultimamente...
A verdade é que, mais do que uma questão de tempo, ando sem muita inspiração!!!
Será que a chegada do verdadeiro Verão, me "fecha" para o mundo das plantas e só me faz pensar em PRAIA???
Não!!! Isso é que não pode ser! Não podemos ser tão tendenciosos e por isso mesmo fica prometido para "ONTEM" novidades aqui no Blog!:) Até lá!!!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

"O" Crisântemo

O crisântemo que falei algum tempo atrás (ver aqui), está a dar flor!!! Cresceram dois pequenos botões, no seu ainda mais pequeno caule! Nem queria acreditar quando vi! No entanto, acho um pouco precoce... Os crisântemos é suposto florirem no dia de Finados, isto é, dia 1 de Novembro! Deve andar meio baralhado com este tempo incerto, coitado... Ou então não se está orientar bem com as horas de luz natral que tem! Sim, porque como é obvio eu não ando a pô-lo às escuras ou às "claras" para que ele só entre em floração em Novembro... Mas é resistente a plantinha, hein?:)

Nomes

Eh,eh... Hoje, num dos meus percursos diários, reparei numa carrinha que estava parada e dizia : "Montagem de sistemas de rega - jardins - orçamentos grátis". Quando a ultrapassei (pedonalmente, está claro!) vi que a nome da empresa era : "Sara Jardins"!!!:) Pelos vistos o gosto por "Flores, jardins & afins" é comum nas "Sara's"!
No entanto, um dia quando quiser montar a minha empresa (cof, cof...) esse nome já não vou poder adoptar...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Simplesmente a Natureza...

Já é mais que óbvio o meu gosto e interesse por "Flores, jardins & afins", para além de tudo um pouco que se relacione com Agronomia (porque será,né?!). Mas fugindo ao tema do Blog e esperando que não me levem a mal, estou com uma vontade IMENSA de partilhar uma das minhas maiores paixões... A PRAIA!!!
Pois é... Aquele sítio cheio de matéria inerte que chamamos areia, onde não nasce uma única plantinha; Aquele mar imenso, repleto de água salgada, que intoxicaria qualquer ser vegetal e terrestre cheio de sede; Aquele areal extenso, sem uma única árvore para nos proteger da sombra...
Enfim...Tudo aquilo que não condiz com o tema deste Blog, mas que eu simplesmente ADORO!:) No entanto, não deixa de ser mais uma vez a natureza a encantar-me...
Bom, mas este pequeno Post não veio do nada!! Tudo isto surgiu porque no Domingo passado tive um optimo dia de Praia!
Na fase em que me encontro (às voltas com o TFC) talvez não tenha sido a atitude mais sensata... Mas soube tão bem!:) E ficou o bichinho... De repetir mais para a semana!;)
Gosto muito de conhecer e passear pelos jardins, sinto-me sempre muito bem quando ando pelo campo, mas definitivamente não há nada que me encante mais que um belo dia de praia!

P.S. Como podem imaginar, estou a referir-me às praias de Portugal... Mais especificamente às praias da linha! Sim, porque se estivesse a falar da Republica Dominicana ou quiça, da Jamaica, ai teria um belo coqueiro para me proteger do Sol e me matar a sede!! hehe...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Apresentações: Estrelícias



Strelitzia reginae Aiton


E não é que parece mesmo a cabeça de uma ave? As estrelícias são também designadas como "aves do paraíso" devido a esta sua forma tão característica. Apesar de serem muito associadas à Madeira, as estrelicias são originárias de Africa do Sul adaptando-se bem a clima tropicais e sub-tropicais.

domingo, 1 de julho de 2007

Costela-de-adão

A costela-de-adão (Monstera deliciosa) é uma planta que pertence à família das Aráceas, sendo originária do México. As suas folhas são grandes, cordiformes, perfuradas e de uma intensa tonalidade verde escura. As flores são aromáticas e o fruto é comestível.
Até bem pouco tempo apenas conhecia esta planta pela sua utilização ornamental (havia uma em vaso no meu prédio) mas desconhecia o seu nome.
Quando estive na Madeira, no mercado do Funchal, provei um fruto que é conhecido pelos vendedores como “fruto delicioso” e que segundo eles é uma espécie de “híbrido de banana x ananás”. Obviamente que estranhei porque nunca tinha ouvido falar de tal coisa… Mas a verdade é que no Jardim Botânico encontrei um exemplar do fruto, só que falha minha nem reparei no resto da planta.
Alguns dias atrás calhou em conversa falar-se nesse fruto, no seu verdadeiro nome, qual a sua origem…E decidi investigar! Qual não é o meu espanto quando descubro que o “fruto delicioso” é o fruto da “costela-de-adão”!
De facto, a planta Mostera deliciosa é muito utilizada aqui em Portugal Continental como ornamental, mas dar fruto nunca tinha visto. Só mesmo na Madeira. Num Blog que li, dizem que a planta não dá fruto quando está em vaso… Mas honestamente tenho as minhas dúvidas porque nos jardins dos Marqueses de Pombal existem lá algumas plantadas no solo e nunca vi darem frutos…
Acho que o motivo por que dizem que é um híbrido de banana x ananás é porque o sabor tem algumas semelhanças com esses dois frutos e porque a forma comprida se assemelha à banana e a casca é constituída por pequenos hexágonos que fazem lembrar o ananás.
Só gostava de saber o porque de no continente não se usar (nem sequer conhecer) este fruto e na Madeira ser tão conhecido! Quando de facto a planta existe em ambos os sítios…
De seguida seguem algumas fotos em que se pode ver o fruto na planta e nas bancadas do mercado do Funchal:

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Os Manjericos e o dia de S. Pedro

E não é que hoje é dia de S. Pedro? E não é que o meu Manjerico ainda se encontra vivo e de boa saúde?:) Afinal com carinho e atenção, eles conseguem chegar ao S. Pedro!!!
Tenho que confessar que o mérito não é meu... Ainda não o consegui trazer para casa! E no sitio onde está apanha muito sol, coisa que em minha casa não acontece... Vamos ver como vai reagir quando o mudar de sitio...
De qualquer forma, estamos em dia de S. Pedro e o manjerico está lindo e enorme!:) Assim que tiver uma fotografia bem bonita dele publico!

domingo, 24 de junho de 2007

Hortênsias Vs Hortenses II


Aqui está uma fotografia das Hortênsias que tanto vi quando estive na Madeira em Outubro do ano passado! Não tinha comigo estas fotografias, por isso não publiquei antes. É só uma pequena amostra... Apesar de se verem muitas ao longo das estradas, esta estava no Jardim Botânico da Madeira.




quinta-feira, 21 de junho de 2007

Hortênsias Vs Hortenses

Tal como foi dito pela Vera (e bem!) para mim o mais correcto também é o nome cientifico, pois acaba por ser o que causa menos dúvidas. Assim sendo, a resposta à pergunta do úlitmo post é:
Hydrangea macrophylla (Thunb.)
No entanto, como é óbvio, não dá jeito nenhum no meio de um passeio pelo parque gritar bem alto para quem nos acompanha: "Olha! Que Hydrangea macrophylla tão bonita!!!". Então, para esses casos, o melhor mesmo é chamar-lhes HORTÊNSIAS!;)
Sim, é esse o nome corrente mais correcto.
P.S. Para quem não sabe do que estou a falar ver aqui.

domingo, 17 de junho de 2007

Perguntas e Respostas: Será um problema de Português?!

Num pequeno passeio de fim de tarde pelos jardins de Oeiras, surgiu a seguinte dúvida:
Hortenses ou Hortênsias?:)
Plantas distintas? Ou a mesma com ambos os nomes?! Porque será que se uma das hipoteses não está correcta, se ouve correntemente aplicar-se os dois termos? Será que não passa tudo por um problema de Português??

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Santo António e os Manjericos!

Ontem foi dia de Santo António! E quem fala de festas dos Santos Populares, fala de sardinha assada, marchas e MANJERICOS!
E como seria de esperar, não podia deixar passar despercebida ao meu blog, esta planta tão característica nesta altura!
Na madugada de ontem, pelas ruas de Lisboa, os manjericos passeavam pelas mãos dos transeuntes, libertando o seu aroma tão característico e enfeitados com as suas quadras namoradeiras. Sim, afinal de contas é a planta dos Namorados!
E eu também tive direito ao meu Manjerico!:) E espero que com a sua simples "existência" me ensine um pouco mais sobre esta planta! A verdade é que tenho a sensação que muitos não passam do São Pedro...Parece-me uma planta muito sensivel, será?!
Por uma questão de "logística" ainda não o tenho em casa e por isso não me foi possível fotografá-lo. Mas penso que é daqueles plantas que todos sabemos como são!;)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Poda das Roseiras

Primeiro que tudo, peço desculpa pela ausência de “Post’s” estes últimos dias. De facto, não tenho tido a disponibilidade que considero necessária para escrever o que quer que seja para este meu querido Blog! A todos as minhas mais sinceras desculpas!!!
Gostaria agora de poder dizer algo acerca da ultima pergunta que lancei no blog, apesar da afluência máxima que teve!!! Zero comentários…LOL!

Nas minhas pesquisas sobre a poda das roseiras, confesso que encontrei muita coisa e principalmente algumas ideias contrárias! O que me causou alguma confusão… Mas das ideias gerais o que conclui foi que a poda nas roseiras é fundamental, contribuindo para a regulação da quantidade e qualidade das flores. Esta deve ser efectuada todos os anos, nos meses mais frios, durante o período de dormência. Porém, em regiões de clima frio, deve-se evitar a poda nessas épocas, pois há grandes riscos de geadas que podem danificar os olhos que irão rebentar, sendo portanto indicado como ideal para estes caso, a poda no final do Inverno ou no inicio da Primavera.
A poda propriamente dita, deve ser realizada da seguinte maneira: Cortar sempre no sentido diagonal (45º graus) a 1,5cm acima da gema mais próxima (muito próximo pode danificar e muito acima o caule pode apodrecer). Deve ter-se o cuidado de escolher a gema que está voltada para a parte externa do caule e antes da poda convêm fazer uma limpeza dos ramos e das folhas mortas. Deve-se cortar os galhos mais velhos, geralmente contando 3 gemas e cortando 1 cm acima. É aconselhável arrancar as flores murchas pois desta forma encoraja uma segunda floração.
Estas plantas podem ser plantadas por estacas, enxertos ou semente. Para quem opte pelas estacas estas devem ser cortadas já na fase lenhosa e no Outono. Por usa vez, o torrão deve ser plantado durante o período de dormência, do fim do Outono ao início da Primavera. As roseiras cultivadas em vaso podem ser plantadas em qualquer altura do ano.
Como características principais, as roseiras são plantas que resistem bem ao calor, ao frio e às podas constantes. São exigentes em sol, solos argilo-arenosos, profundos e bem drenados. Adaptam-se bem a regas abundantes. Existem centenas de variedades de rosas que podem ser utilizadas de diversas maneiras, desde canteiros, conjugadas com outras plantas ou até mesmo serem cultivadas em vaso. As cores são diversas o que permite agradar a todos os gostos!




sexta-feira, 25 de maio de 2007

Perguntas e Respostas: Roseiras

Foi-me colocada a seguinte questão:
"Sobre roseiras, podem-se podar agora? Ou é noutra altura do ano?
As minhas estão gigantes, pode-se cortar muito muito? Há perigo de matar a roseira?"
Será que alguém quer responder a esta pergunta?:)
Estamos receptivos a todas as opiniões!!!
Nota: As rosas são grandes e agora tem rosas bem abertas e talvêz também alguns botões.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

A Flor da Paixão! (II) - Polinização Cruzada

"Apesar de ter uma flor completa, ou seja, uma flor que possui órgãos masculinos e femininos, a flor do maracujá é auto-incompatível e incompatível entre flores da mesma planta ou entre plantas com grau de parentesco muito grande. Além disso, a flor do maracujá só se abre uma vez: se não for fecundada, fecha e cai. Dessa forma, a polinização do maracujá precisa ser cruzada, ou seja, o pólen de uma flor só poderá fecundar uma flor em outra planta. Para fazer a polinização o maracujá conta com a natureza, mais especificamente com uma espécie de insecto, a mamangava (Xilocopa sp). "
"O agente principal da polinização cruzada é o vento, mas em algumas espécies, insectos e pássaros são importantes.
As espécies que possuem polinização cruzada, normalmente possuem uma grande variabilidade genética, e facilitam o trabalho de melhoramento através de cruzamentos entre variedades. Os processos de desenvolvimento de híbridos são facilitados nas espécies de fecundação cruzada.
As plantas de fecundação cruzada possuem alguma das características abaixo que impedem a auto-polinização:
- Flores somente masculinas ou somente femininas. Ex: cucurbitáceas, abóboraa, pepino.
- Maturação diferenciada dos órgãos reprodutores, assim quando os estames se encontram maduros, o estigma já se encontra fecundado por outra planta, ou vice-versa.
- Grande distância entre estigma e estame ou posicionamento morfológico que dificulta a auto-polinização. Ex: maracujá. "

Fonte: www.wikipédia.org


Nota:

Ou seja, do que eu percebi, e respondendo à questão da Ana, dificilmente terás frutos. Ou mesmo que os tenhas, será numa quantidade reduzida. Isto se não tiveres uma outra planta de maracujá, para assim ocorrer a polinização cruzada, que mesmo assim será reduzida se não houver insectos a fazerem a polinização. Mas se o que vocês pretendem mais é o valor ornamental, o facto de dar poucos frutos, pode ser positivo,não? Suja menos!;)
Quanto ao enraízamento, ela é trepadeira, portanto vai crescer e bem! Mas não creio que seja como a hera... Para obteres novas plantas, terás que semear as sementes que obtiveres dos frutos...se estes existirem!Ou então, só por enxertia ou estacaria (via vegetativa).
LOL...q confusão, não é? Até eu estou baralhada...:)

Queres a minha opinião? A beleza da planta e da flor, mesmo que não dê origem a frutos, é suficientemente compensadora!:)

domingo, 20 de maio de 2007

A Flor da Paixão!

Mais uma reunião de amigos… Mais uma dúvida!!!
Ontem a discussão foi parar ao Maracujá e o seu nome científico! Pois bem, existem várias espécies de maracujá e portanto vários nomes científicos. Mas todas estas espécies pertencem ao género Passiflora sp., que por sua vez pertence à família Passifloraceae.
Apesar desta planta ser principalmente conhecida pelo seu fruto, o maracujazeiro é também bastante usado como planta ornamental (essencialmente como trepadeira). A sua flor é extremamente exótica e para quem repara nela uma vez, dificilmente se volta a esquecer!
Para quem não conhece, ver aqui:
http://olhares.aeiou.pt/flor_do_maracujaa_flor_da_paixao/foto1159540.html
(Se tiverem interessados procurem no "google imagens", vão ver que vão ficar deliciados com a beleza destas flores!)

Esta flor é correntemente designada por “Flor da Paixão” (o fruto é também designado “passion fruit”), pela sua forma característica: Coroa de espinhos, cinco chagas e três pregos, o que relembra a crucificação de Jesus Cristo.
Planta de clima tropical ou sub-tropical, lenhosa e de crescimento rápido, trepa por meio de gavinhas o que implica apoio através de arames, redes ou até mesmo um arbusto grande. Propaga-se através de reprodução sexuada ou via vegetativa e necessita de polinização cruzada. Dá flores no Verão e Outono, seguidas da frutificação, que apesar de comestível nem sempre apresenta sabor agradável. Geralmente origina muitas sementes e o fruto é também reconhecido pelas suas propriedades calmantes, devido a uma substância que possui.
Necessitam de solo húmido com boa drenagem e sol directo.

P.S. Patricia, é uma boa hipótese de trepadeira!:) Ana e Zé, para as amoras preciso de mais tempo!;)

sábado, 12 de maio de 2007

Choupos em Oeiras

Esta semana presenciei um fenómeno interessante no famoso "sobe e desce"! Para quem não sabe, é a recta que liga o centro histórico de Oeiras à zona de Nova Oeiras, recta limitada do lado direito pela EAN e do lado esquerdo, pelos Jardins do Palácio do Marquês de Pombal.
Mas como estava a dizer, fui testemunha de uma visão no mínimo curiosa! Esteve a semana toda a "chover" algodão!!!
Pois é...Parece que estou a dizer um disparate ou que estive com alucinações, mas quem por ali passou sabe que não estou a mentir! Perante tal cenário, pus-me a observar e deduzi que fosse qualquer espécie na fase da libertação/dispersão de sementes. Mas qual espécie e de onde vinha ao certo?!
Tendo em conta a quantidade que pairava no ar só poderia ser de vários exemplares e provavelmente de tamanho elevado! Depois de uma observação mais atenta à flora existente naquele local, deduzi que o "algodão" só podia provir dos famosos CHOUPOS que se encontram nos Jardins do Palácio do Marquês de Pombal.
Nas minhas pesquisas posteriores, verifiquei que, apesar de ter sido incomodativa aquela "chuva" todos os dias aqui em Oeiras, parece que no Porto este “problema” já tem sido bastante falado (http://jn.sapo.pt/2005/05/12/grande_porto/choupos_largam_nuvem_sementes.html).

Mas afinal o que podemos dizer destas espécies?

Os choupos pertencem ao género Populus spp., existindo aproximadamente cerca de 30 espécies.
Pertencem à classe das angiospérmicas e são monóicas, isto é, as flores masculinas e femininas nascem em amentilhos separados mas na mesma árvore. O sistema radicular desenvolve-se muito rapidamente tornando-se bastante invasivo, o que pode causar problemas de estabilidade a nível de estruturas de habitação, canalizações, arruamentos, etc.
Possui folha caduca, que apresenta uma beleza invulgar visto a página inferior apresentar por vezes uma coloração prateada. Na floração desenvolve uma “cápsula” sedosa que envolve a semente e que é nada mais, nada menos, a causadora desta "chuva de algodão". São árvores que dão origem a madeiras leves, moderadamente flexíveis, elásticas e resistentes.
Devido a esta "técnica" de dispersão de semente são plantas que se reproduzem e propagam com muita facilidade, sendo actualmente consideradas "pragas" e estando proibido por lei a sua plantação. No entanto, devido ao seu rápido crescimento não deixam de ser excelentes árvores de sombra, principalmente em habitações, pois atingem rapidamente os 15-30 metros.

domingo, 6 de maio de 2007

Apresentações: Ciclames


Cyclamen spp.


Os ciclames chamam-me atenção pela suas flores invulgares, que se elevam em pedúnculos sem folhas! As cores podem variar do branco e o rosa ao vermelho -carmim (Foto). Chegam a durar todo o Inverno e ainda se mantêm na Primavera. São vendidas em vaso mas também podem ser plantadas no solo. Convêm no entanto ter cuidado, porque possuem um principio tóxico para os gatos (ciclamina), provocando sintomas clínicos graves.



quinta-feira, 3 de maio de 2007

Agricultura em Portugal...

Ainda esta semana, em mais uma conversa de café, comentei o quanto lamentava que a maioria das pessoas que conheço achasse que a agricultura em Portugal já não existe. Não é difícil encontrar quem fique pasmado quando digo que estudo Agronomia! E pela maioria das expressões, sei sempre que a pergunta seguinte é:" Mas isso tem futuro?! Achas que vais conseguir arranjar emprego?".
Pois bem, para quem não se encontra na área talvez pareça que a agricultura em Portugal já deu o q tinha a dar... Mas eu não colaboro minimamente com esta ideia! É certo que existem grandes falhas na nossa agricultura, não é uma actividade que se encontra em plena expansão, não traz uma riqueza enorme ao País e de facto oferece cada vez menos postos de trabalho. Mas a agricultura em Portugal existe! E pode e deve ser incentivada! Eu pelo menos acredito nisso...
E qual não é o meu espanto, quando hoje, ao folhear o "Jornal de Oeiras", encontro um artigo que expressa muito daquilo que penso e que por isso mesmo decidi aqui citar algumas partes desse mesmo texto:

"A agricultura em Portugal desapareceu, já não existe", foi manchete num jornal e o título duma extensa entrevista com o antigo Ministro da Agricultura Arlindo Cunha. Como está entre aspas, tanto na primeira página como no título da entrevista, qualquer leitor fica a pensar que é da responsabilidade do entrevistado (...) Tendo o entrevistador perguntado como avaliava a politica agrícola deste governo, a resposta foi: "de forma muito negativa. A agricultura em Portugal parece que já desapareceu e não existe, a avaliar pelo discurso político do governo". Na realidade, como se vê, o entrevistado não disse exactamente o que vem em manchete. Apesar de todos os enormes ataques a que tem estado sujeita (...) continua a existir agricultura em Portugal e com mais significado do que os nossos economistas insistem em atribuir-lhe (...). Basta passear por Portugal para ver que, em todos os sectores da agricultura ainda há alguma actividade significativa, da horticultura à pecuária, da viticultura à floresta e da pomologia à jardinagem. É verdade que não tem a qualidade e amplitude que podia e devia ter (...).
O que todos os portugueses deviam lembrar-se é que não são apenas os agricultores a pagar este descalabro. Quando vão ao supermercado e ali encontram batatas, cebolas, (...), vindas às vezes de bem distantes terras, deviam pensar o que isso representa na economia portuguesa. Com a destruição da agricultura sofrem o PIB, a inflação, o défice orçamental, o desemprego e a balança comercial. (...) muito mais simples é não ter de importar aqueles produtos que devíamos ser capazes de produzir, como os que acima referi e que bem podíamos exportar em grande quantidade.

Texto do Professor Catedrático jubilado Miguel Mota "In Jornal de Oeiras"

terça-feira, 1 de maio de 2007

Thrips, tripé, tripe, tripar...TRIPES!!

Fugindo um pouco do contexto, decidi aqui apresentar os famosos TRIPES!!!
São eles que me têm dado tanto trabalho estes últimos meses…
A fotografia em baixo é apenas um exemplo de uma espécie da ordem Thysanoptera! Actualmente são reconhecidas cerca de 5000 espécies de tripes. Mas estima-se que existem cerca de 8000! Este é apenas um…deles!
Apesar do meu trabalho de fim de curso basear-se no estudo dos tripes como praga para a cultura do tomate de indústria, estes insectos também atacam ornamentais, causando estragos directos bastante graves.
A imagem está bastante ampliada… Este pequeno insecto não tem mais do que 2 mm.

domingo, 29 de abril de 2007

Ainda os Crisântemos!

Faz aproximadamente um ano e meio que numa visita de estudo na qual eu estava incluída, foi oferecido a todos os alunos um vaso de crisântemos. Apesar deste tipo de flores em vaso ter como objectivo comercial a planta em flor, por graça mantive o vaso em casa, mesmo após ter terminado a floração e a planta ter entrado em repouso vegetativo. Segundo nos disseram, se mantivéssemos a planta no vaso e a podássemos, no ano seguinte rebentariam novas flores e passados dois ciclos vegetativos poderíamos transplantar para o solo.
Só para poderem apreciar a minha vocação, este era o aspecto inicial do vaso quando o trouxe para casa:



Pois bem, após um ciclo e meio vegetativo decorrido, eis o aspecto do meu crisântemo:


Sem comentários.....:)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Crisântemos vs. Margaridas

ACABOU O TEMPO!!! Terminaram as votações!!!
Apesar das poucas sugestões e opiniões sobre a questão que eu aqui lancei no meu último Post, acho que tenho o dever de pelo menos esclarecer aqueles que se mostraram interessados! Por isso mesmo,

Qual é afinal a diferença entre um Crisântemo e uma Margarida?

Os crisântemos (Chrysanthemum spp.) estão desde algum tempo associados ao dia 1 de Novembro (dia de Finados), sendo porventura a flor mais utilizada nos cemitérios para a ornamentação das sepulturas e por isso mesmo adquiriram alguma antipatia nas épocas festivas e alegres.
Já as margaridas são famosas pelos bonitos “bouquets” campestres que compõem e estão de alguma forma conotadas como flores graciosas e alegres.
De facto, existe esta distinção entre crisântemos e margaridas. No entanto, cientificamente são ambas Chrysanthemum spp., sendo apenas exemplos de cultivares distintos.
Consta que a denominação de margarida surgiu quando se sentiu a necessidade de “aliviar”os crisântemos da imagem triste e fúnebre a que estavam associados. E assim, foi vulgarmente atribuído a um grupo específico destas flores (que apresenta a forma de inflorescência que conhecemos como margarida) esta designação.


Para ajudar a esclarer as dúvidas aqui seguem duas imagens, a primeira corresponde às inflorescências do tipo margarida, enquanto a segunda é um exemplo daquilo que mais vulgarmente consideramos crisântemos:








Queria só acrescentar uma pequena coisa… Esta informação (completada por mim) foi-me dada, a mim e aos meus colegas, numa aula de “Plantas Ornamentais”. E eu já verifiquei em algumas pesquisas, que assim o é. No entanto hoje, antes de escrever este Post, quis-me certificar do que iria dizer! E a verdade é que no guia: “Nomes vulgares de plantas existentes em Portugal - Protecção da Produção Agrícola (DGPC)” as margaridas são apresentadas com outros nomes científicos e nos nomes vulgares para as espécies Chrysanthemum spp., não aparecem. O que confesso que me deixou um pouco baralhada… Será que existem outras plantas, que nós não as conhecemos como margaridas, mas de facto são essas que vulgarmente são designadas como tal?! Ou será que fui eu que não interpretei bem a informação que me foi transmitida?! Honestamente… Não sei!!!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Perguntas e respostas: Crisântemo ou Margarida?

Proponho aqui um desafio! Qual é a diferença entre um Crisântemo e uma Margarida? Alguém sabe? Fico à espera das vossas respostas... :)

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Brincos-de-princesa

As fuchsias, ou vulgarmente designadas de "brincos-de-princesa", são originárias da América do Sul e pertencem à família Onagraceae. São plantas vivazes, semi-lenhosas, com época de floração entre Maio a Outubro. Necessitam de um período de repouso durante o Inverno em condições frescas, no entanto, se receberem pelo menos três horas de sol directo por dia podem dar flor, aparecendo assim continuamente quase todo o ano.
No entanto, algumas variedades são sensíveis à geada, o que implica que sejam protegidas/resguardadas no Inverno (obrigando a que se encontrem em vasos e não directamente no solo).
As flores desta planta são bastante coloridas e grande parte são pendentes, adequando-se bastante bem em vasos pendurados. A flor é composta por quatro ou mais sépalas curvadas, estames compridos e estigma extremamente comprido (O que dá a impressão de um brinco pendurado). Existem algumas variedades que apresentam folhas variegadas e decorativas. Através da poda é possível guiar estas plantas, dando-lhes diferentes formas: arbusto, árvore, pirâmide ou coluna.
A multiplicação das fuchsias resulta bem quando propagada por estacas de caule e necessita de um substrato (ou mesmo o solo) bem drenado. Ou seja, deve-se evitar o alagamento da terra assim como os ventos frios e secos. É sensível ao pulgão, à botrytis e à ferrugem.
Nas minhas pesquisas descobri que estas plantas são comestíveis, tanto o fruto como as flores (mais especificamente as pétalas). Para além disso, são flores utilizadas em terapias com essências florais e que actuam essencialmente na repressão, emoções bloqueadas, enxaquecas, dores de estômago, gastrite, úlceras e mau hálito.
É lamentável, mas não tenho nenhuma imagem destas belas flores! Para quem estiver interessado em ver como são bonitas, encontram neste site:
http://www.olhares.com/brincos_de_princesa_fucsias/foto917969.html


Nota: Gostaria de não estar a ser demasiado tendenciosa, mas a verdade é que os "brincos-de princesa" são mais uma das minhas favoritas!!! Na casa da minha avó haviam várias, o que pode indicar que se adaptam bem na linha de Cascais.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Apresentações: Hibiscos


Hibiscus rosa-sinensis L.
Os hibiscos, ou vulgarmente também designados de Rosa-da-china, existem em variadíssimas cores muito vivas. Como arbustos ficam bem em qualquer jardim e dão flores da Primavera ao Outono.
Mais uma das minhas predilectas!!!

sábado, 7 de abril de 2007

Buganvília

Buganvília – género Bougainvillea



Família: Nyctaginaceae

Origem: América do Sul

História: Diz-se que foram descobertas no Brasil em 1790, pelo francês Louis de Bougainville.

Clima e solos: São plantas trepadeiras que se adaptam muito bem a climas quentes e áridos e sensíveis a temperaturas menores que -5º C. No que toca aos solos adaptam-se muito bem a qualquer gama de pH.

Características: As buganvílias são cultivadas pelas suas brácteas coloridas (rosa, encarnado, creme, alaranjado e até arroxeada). Normalmente, as pessoas chamam flores às brácteas, mas na realidade as brácteas são folhas modificadas que servem para proteger as inflorescências e para atrair os insectos para a polinização, estas brácteas são totalmente estéreis.
As inflorescências são brancas e/ou cremes e o fruto é um aquénio (como o morango), que não tem qualquer interesse. Floresce todo o ano.
Usualmente apresentam espinhos e por isso, quando se poda devem usar-se botas, luvas e óculos, e não pensem que estou a brincar… os malvados espinhos magoam à séria!
A folhagem das buganvílias é persistente (todo o ano verde).
Pode atingir 5 a 10 m dependente das variedades, mas como não pretendemos que isso nos aconteça, devem efectuar-se podas todos os anos.

Truques: Partindo do pressuposto que queremos plantas para o nosso jardim para elas florirem (o que nem sempre acontece), as buganvílias florescem melhor se:
1) As colocarmos ao Sol (requer sol de chapa);
2) Lhe dermos pouca água (não matá-las à sede, mas regar pouco, e só regar enquanto floresce). As regas devem ser sempre efectuadas quando estiver menos calor, isto é, início da manhã ou fim da tarde, nunca ao meio dia;
3) Lhe dermos pouca adubação (se adubarmos muito, ela irá ter mais vigor e produzirá ramos ladrões, estes não dão flores, e isso é o que nós não queremos!), além disso, devemos escolher uma adubação pobre em Azoto, mais rica em Fósforo e medianamente em Potássio;
4) Colocarmos os ramos na horizontal, para tal, temos de forçá-la a ser horizontal, isto é, atar os ramos com arames;
5) Podar todos os anos

Poda: Apesar de se poder podar várias vezes, desde que seja após a floração, a poda deve ser feita todos os anos no final de Fevereiro,
A poda deve ser feita a 3 nós, isto é, contam-se os olhos da planta, que nesse ano irão crescer e cortam-se os restantes. Nesse ano irão crescer ramos com 60 a 100 cm que irão florescer.

Espécies existentes: Bougainvillea buttiana; Bougainvillea glabra; Bougainvillea peruviana; Bougainvillea spectabilis; Bougainvillea spinosa; entre outras.
Espécies mais usadas: Bougainvillea glabra; Bougainvillea spectablis

Variedades anãs: apresentam entre-nós curtos; variegadas (o que significa, que apresentam folhas com manchinhas brancas, sem clorofila, e que por isso, crescem mais devagar porque possuem menos clorofila).

Variedades com dupla quimera: por exemplo, plantas que ao mesmo tempo têm:
- folhas verdes;
- folhas brancas;
-folhas verdes e brancas;
- brácteas rosas;
- brácteas brancas;
- brácteas rosas e brancas.

Pormenor de folhas verdes e brancas. Fonte: http://toptropicals.com/pics/toptropicals/ebay/6467.jpg


Variedades com duplicatura: isto é, estames e carpelos transformam-se em brácteas estéreis, ficando as plantas em floração com uns enormes tufos de mais de 6 brácteas.

Problemas: São plantas que enraízam com grande dificuldade e apresentam uma taxa de fertilidade muito baixa (nunca pedir raiz nua), por isso a propagação deve ser feita por estaca de ramos lenhosos.
Costumam ser atacadas por pulgão que pode ser tratado com um insecticida sistémico.
( Este artigo é integralmente da autoria da minha amiga e antiga colega Vera Ferreira.)

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Upgrade

Upgrade: Carlitos, o Amor-perfeito é uma boa planta para pôr no tal terraço. Combina com o azul e dá flor todo ano, apesar do período de floração ser curto. No entanto, consta que basta semear regularmente algumas plantas para obter flores todo o ano.

domingo, 1 de abril de 2007

Apresentações: Amor-perfeito



Amor-perfeito (Viola arvensis Murray)

Sem dúvida uma das minhas preferidas!!!

sábado, 31 de março de 2007

Aloe vera

Hoje andei a “jardinar”… Apesar de não ter nenhum jardim, uma pequena varanda permite algumas brincadeiras! Principalmente quando temos uma mãe que acredita que por estudarmos agronomia somos capazes de executar na perfeição qualquer actividade de jardinagem!!!
Um vizinho meu decidiu oferecer um vaso com um(a) Aloe vera à minha mãe (vamos partir do principio que se trata mesmo da planta Aloe vera, porque honestamente não sei distinguir), alegando as suas propriedades medicinais. No entanto, o vaso vinha com um pequeno défice de terra. E foi APENAS essa a minha árdua tarefa de jardinagem… Preencher com terra o restante espaço!
Mas não foi para partilhar a minha experiência de jardinagem que decidi escrever este Post! O que acontece é que fiquei a pensar: afinal o que é o Aloe vera?
Sem dúvida que o Aloe vera está na moda!!! Basta olhar um pouco em redor e deparamo-nos com variadíssimos produtos com extractos desta planta: é champô com extractos de Aloe vera para as pontas espigadas, é cremes para a cara e corpo, batom para o cieiro e até já se encontram iogurtes com aroma a Aloe vera! Para não falar naquelas pessoas que andam na rua à procura da planta para retirar umas folhas e fazer em casa tratamentos caseiros. Ou ainda quem tem a planta em casa e não sabe bem como tirar proveito dela… Como eu!
A verdade é que poucas vezes ouvi falar desta planta cientificamente… Sei que é o liquido que liberta das suas folhas suculentas que apresenta características terapêuticas e que geralmente é utilizado para a pele e para os cabelos. No entanto, não conheço as suas necessidades e exigências, não tenho conhecimentos exactos dos seus benefícios, das suas capacidades e das vantagens que existem por tê-la em casa…
Mas enfim, a planta foi oferecida e como se costuma dizer: “a cavalo dado não se olha o dente”!
Para os mais distraídos, aqui vai uma imagem da “minha” Aloe vera!


P.S. Obrigada Vera, pelas correcções cientifícas! Já estão alteradas!:)

quinta-feira, 29 de março de 2007

Amendoeiras

Este primeiro post (se assim o posso chamar) é exactamente sobre o assunto que referi antes!
As dúvidas que surgem no café a falar com amigos… Na terça-feira passada, a conversa sobre jardins surgiu e foi-se desenvolvendo, acabando por se falar em variadas culturas, espécies, utilizações e práticas culturais. No entanto, não querendo já correr o risco de tentar pôr "o Rossio na rua da Betesga", vou apenas dedicar-me à pergunta inicial que de facto resultou como "mote" da conversa!!

"Posso plantar uma amendoeira no meu jardim? E onde a posso arranjar?"

As amendoeiras (Prunus dulcis), famosas pela sua beleza em floração, são características na região de Trás-os-Montes e Alto Douro e também no Algarve. São árvores de folha caduca e pertencem à família Rosaceae.
É uma espécie tipicamente mediterrânica, de clima quente e seco na Primavera, que resiste bem à secura, ao calcário e ao pH elevado.
As flores são hermafroditas, mas no entanto apresentam auto-incompatibilidade, o que obriga à polinização cruzada. Ou seja, o pólen de uma flor poliniza o estigma de outra flor, mas podem ser ambas flores da mesma árvore. Portanto, não é obrigatória a presença de duas árvores para ocorrer a polinização e posterior frutificação. Os agentes de polinização podem ser, o vento, os pássaros ou os insectos. No caso da Amendoeira, a polinização é entomófila. Apesar da grande maioria não o ser, existem cultivares auto-férteis.
A Amendoeira demora entre 2 a 3 anos a entrar em produção (dar frutos) e a época de colheita situa-se entre Agosto e Outubro, variando com a localização e as cultivares.
Em relação à utilização da amendoeira como árvore ornamental, confesso que não consegui encontrar muita coisa. Talvez seja porque são árvores de porte médio/grande que podem ser limitativas a nível de espaço.
Penso que qualquer viveiro ou loja de jardinagem que venda árvores fruteiras deve ter plantas de amendoeira para venda, ou pelo menos a possibilidade de encomenda.

P.S. Tal como já disse antes, não pretendo que este texto seja uma lição teórica, ou muito menos uma reunião de citações recolhidas! Por isso mesmo espero que caso exista algum acrescento a fazer, ou qualquer correcção a algo que não achem correcto, todas as criticas serão bem vindas!