quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Bonsais

Mais uma pergunta que me fazem...Mais uma que não sei responder....
Pior!!!Nem sei bem onde ir procurar...
Por isso lanço aqui o desafio: Alguém sabe quando se mudam os bonsais de vaso? Tipo, quando já estão com as raizes tão grandes para o vaso em que estão que quase que fazem lembrar as chinesas com os seus pézinhos enfiados em sapatos 5 números abaixo!!!
Bom, a verdade é que passa-se isso com os bonsais aqui da clínica...E eles tem que ser mudados de vaso!mas uns dizem que é no Inverno, outros no Verão...Uma confusão!
Eu confesso que de Bonsais percebo pouco, o unico que tive não durou muito tempo lá em casa...
Portanto, quando se muda o vaso a um bonsai?
E mais informações interessantes sobre estas plantas são bem vindas!:)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Nomes repetidos...Gingko está na moda?!

Afinal descobri que o nome "Gingko" é mais utilizado para espaços comerciais do que imaginava... Numa das minhas pesquisas cibernaúticas, descbri que existe um restaurante vegetariano no Estoril, com o nome Gingko!
Será que não existe qualquer coisa semelhamente a "plágio" ou "marca registada" relativamente ao nome de estabelecimentos comerciais?! O mesmo nome, um em Oeiras, outro no Estoril...Um é restaurante, outro é um centro de lazer...Hummmmm..... Não me soa mt bem!
Mas se calhar assim, eu ainda posso manter o meu sonho de um dia ter uma empresa "Sara Jardins"!!eheheh

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Bombacaceae (Autora: Vera Ferreira)

As sumaúmas são árvores produtoras de fibra fina e sedosa que se usa em enchimentos de almofadas. Estas fibras mais conhecidas por kapok encontram-se à volta da semente, envolvendo-a. No entanto, Chorisia speciosa (lê-se Corizia) é a mais bela de entre as sumaúmas, e a mais usada em jardinagem e paisagismo.

Speciosa significa magnífica, possivelmente uma alusão à fantástica floração, que se dá no Outono, meados de Outubro. No fim da estação inicia-se a queda das folhas sendo uma árvore de folha caduca.

Os troncos são cinzentos esverdeados e normalmente possuem acúleos (projecção na superfície da planta, sobretudo no caule, semelhante a um espinho, tal qual como as rosas) afiados nos ramos mais jovens.

As folhas são compostas palmadas (forma de palma da mão), e caem na época da floração. As flores são grandes, com 5 pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Durante a floração, a árvore vira uma grande mancha rosa que faz um belo espectáculo da natureza.

É realmente uma árvore muito bonita para se ter no jardim, se o nosso jardim a puder acolher… estas árvores podem atingir 20 m de altura.

São originárias da América do Sul, nomeadamente, do Brasil, de florestas tropicais e por isso não suportam geadas, no entanto, há exemplares de Chorisia em Belém (zona próxima do mar com menor risco de ocorrência de geada), uma delas mais antiga, do lado direito do Mosteiro dos Jerónimos. E também mesmo em frente à entrada principal do Centro Cultural de Belém. O que acontece é que as do CCB são provenientes de sementeira e por isso, devido à variabilidade genética, cada uma é diferente da seguinte, há umas altas outras baixas, umas que florescem em Setembro e outras que florescem apenas em Novembro, há algumas com acúleos e outras nenhuns acúleos, enfim… a Natureza no seu melhor! Correctamente, e como as árvores estão dispostas numa fila, deveriam ter-se feito árvores todas iguais, através de enxertia ou então clonagem (técnicas muito fáceis em plantas e que se podem fazer, não é como a Doly :-)) dando origem a uma Avenida que daria um pouco mais gosto pois estaria mais homogénea! Mas enfim… Como não se pode ter tudo, ficamos com uns Outonos floridos neste cantinho da Europa que até consegue ter árvores tão tropicais!
p.s. Mais uma vez obrigada Vera por este excelente post!;)

sábado, 8 de setembro de 2007

Gingko

Ontem, a desfolhar o Jornal “Metro”, encontrei uma notícia que me chamou atenção. Nem tanto pelo seu conteúdo, mas sim pelo nome dedicado ao espaço que pretendiam divulgar. A noticia referia um espaço novo, que abriu aqui perto de minha casa (em Porto Salvo) destinado ao bem-estar. Ou seja, uma coisa bastante na moda nos tempos que correm, onde nos podemos dirigir (quando formos ricos, velhos e stressados!!!) para relaxar, através de massagens, banhos turcos, saunas, etc, etc.
Mas o que me chamou atenção não foi a utilidade do espaço, muito honestamente! O que achei curioso foi o nome escolhido para o local: Gingko.

Como sabem (quem não sabe, passa a saber!!) a arvore Gingko biloba é o único representante vivo da classe Ginkgópsidas, sendo muito utilizada como ornamental devido às suas folhas características, em forma de leque e com um sistema de vasos condutores muito simples, o que demostra a rusticidade da planta, mais primitiva e anterior à evolução da maioria das plantas actuais.
No artigo, o que captou a minha atenção, foi a importância que deram à explicação da escolha do nome do espaço e que passo a citar em parte:

Chama-se Gingko e a imagem de marca é a dita árvore que simboliza a paz e a longevidade por ter sobrevivido às explosões atómicas de Hiroshima. É também um sinal de resistência e capacidade de adaptação (…). (…) planta milenar (Gingko Biloba) que mantém as mesmas características de há milhões de anos, quando ainda andavam dinossauros sobre a terra (…)”. Fonte: Paula Oliveira Silva in Jornal “Metro”.

Achei interessante o artigo por ter feito, por mais simples e resumida que seja, uma pequena introdução a esta espécie que tanto respeito merece! Afinal de contas, não se pode andar por ai a colocar o nome de tão ilustres árvores em espaços e depois não lhes dar a sua devida importância! Certo?
Upgrade: Alertada pela Vera, deixo aqui um enquadramento visual para quem desconhece o aspecto desta árvore milenar!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Nomes, características e classificações...

Este post pretende responder a uma dúvida que surgiu durante as férias!
Para quem vai ler (principalmente para quem está inserido no meio da biologia/agronomia), talvez pareça um esclarecimento um pouco básico… Mas a verdade é que a dúvida surgiu e, mais uma vez, depois de algumas divagações, a dúvida persistiu…E para que isso não volte acontecer, aqui está este post para me ajudar a esclarecer e para que caso a dúvida surja em situações futuras, qualquer um de nós possa tentar esclarecer aqui…

Portanto, passando à dúvida propriamente dita:

Gimnospérmicas, Angiospérmicas, Monocotiledóneas, Dicotiledóneas, Monóicas, Dióicas, órgãos reprodutores masculinos e femininos, coníferas…Algumas classificações e características pouco definidas!!!

Dentro do Reino das Plantas, temos várias classes, entre as quais as Gimnospérmicas e as Angiospérmicas. Dentro desta última classe, existem duas sub-classes, as Monocotiledóneas e as Dicotiledóneas.

As Gimnoespérmicas possuem as “sementes nuas”, que de um modo geral formam-se dentro de cones, sendo a maioria das Gimnospérmicas actuais coníferas. As Angiospérmicas, produzem “sementes fechadas”, que geralmente encontram-se dentro de frutos.

As Monocotiledóneas apresentam um Cotilédone, raiz fasciculada e o caule é simples, sem ramificação. Já as Dicotiledóneas apresentam dois cotilédones, raiz aprumada e um caule ramoso (tronco e espique).

Relativamente às plantas monóicas e dióicas. As plantas que produzem no mesmo indivíduo flores masculinas e femininas (a maioria das Gimnospérmicas) são monóicas. As plantas dióicas são aquelas que apresentam indivíduos unicamente com flores masculinas e indivíduos unicamente com flores femininas (Ex. Kiwi).

Nas coníferas (indo um pouco mais ao fundo da questão que surgiu em férias), os órgãos reprodutores são tipicamente cones mais ou menos alongados. Os masculinos são flores, enquanto os femininos são inflorescências. Como já disse, na generalidade as coníferas são plantas monóicas, o que significa que os cones femininos e os masculinos se encontram no mesmo indivíduo.

P.S. Continuo a não perceber a divagação da vizinha da tenda ao lado em chamar àquele “cogumelo”, esporófito…