sexta-feira, 25 de maio de 2007

Perguntas e Respostas: Roseiras

Foi-me colocada a seguinte questão:
"Sobre roseiras, podem-se podar agora? Ou é noutra altura do ano?
As minhas estão gigantes, pode-se cortar muito muito? Há perigo de matar a roseira?"
Será que alguém quer responder a esta pergunta?:)
Estamos receptivos a todas as opiniões!!!
Nota: As rosas são grandes e agora tem rosas bem abertas e talvêz também alguns botões.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

A Flor da Paixão! (II) - Polinização Cruzada

"Apesar de ter uma flor completa, ou seja, uma flor que possui órgãos masculinos e femininos, a flor do maracujá é auto-incompatível e incompatível entre flores da mesma planta ou entre plantas com grau de parentesco muito grande. Além disso, a flor do maracujá só se abre uma vez: se não for fecundada, fecha e cai. Dessa forma, a polinização do maracujá precisa ser cruzada, ou seja, o pólen de uma flor só poderá fecundar uma flor em outra planta. Para fazer a polinização o maracujá conta com a natureza, mais especificamente com uma espécie de insecto, a mamangava (Xilocopa sp). "
"O agente principal da polinização cruzada é o vento, mas em algumas espécies, insectos e pássaros são importantes.
As espécies que possuem polinização cruzada, normalmente possuem uma grande variabilidade genética, e facilitam o trabalho de melhoramento através de cruzamentos entre variedades. Os processos de desenvolvimento de híbridos são facilitados nas espécies de fecundação cruzada.
As plantas de fecundação cruzada possuem alguma das características abaixo que impedem a auto-polinização:
- Flores somente masculinas ou somente femininas. Ex: cucurbitáceas, abóboraa, pepino.
- Maturação diferenciada dos órgãos reprodutores, assim quando os estames se encontram maduros, o estigma já se encontra fecundado por outra planta, ou vice-versa.
- Grande distância entre estigma e estame ou posicionamento morfológico que dificulta a auto-polinização. Ex: maracujá. "

Fonte: www.wikipédia.org


Nota:

Ou seja, do que eu percebi, e respondendo à questão da Ana, dificilmente terás frutos. Ou mesmo que os tenhas, será numa quantidade reduzida. Isto se não tiveres uma outra planta de maracujá, para assim ocorrer a polinização cruzada, que mesmo assim será reduzida se não houver insectos a fazerem a polinização. Mas se o que vocês pretendem mais é o valor ornamental, o facto de dar poucos frutos, pode ser positivo,não? Suja menos!;)
Quanto ao enraízamento, ela é trepadeira, portanto vai crescer e bem! Mas não creio que seja como a hera... Para obteres novas plantas, terás que semear as sementes que obtiveres dos frutos...se estes existirem!Ou então, só por enxertia ou estacaria (via vegetativa).
LOL...q confusão, não é? Até eu estou baralhada...:)

Queres a minha opinião? A beleza da planta e da flor, mesmo que não dê origem a frutos, é suficientemente compensadora!:)

domingo, 20 de maio de 2007

A Flor da Paixão!

Mais uma reunião de amigos… Mais uma dúvida!!!
Ontem a discussão foi parar ao Maracujá e o seu nome científico! Pois bem, existem várias espécies de maracujá e portanto vários nomes científicos. Mas todas estas espécies pertencem ao género Passiflora sp., que por sua vez pertence à família Passifloraceae.
Apesar desta planta ser principalmente conhecida pelo seu fruto, o maracujazeiro é também bastante usado como planta ornamental (essencialmente como trepadeira). A sua flor é extremamente exótica e para quem repara nela uma vez, dificilmente se volta a esquecer!
Para quem não conhece, ver aqui:
http://olhares.aeiou.pt/flor_do_maracujaa_flor_da_paixao/foto1159540.html
(Se tiverem interessados procurem no "google imagens", vão ver que vão ficar deliciados com a beleza destas flores!)

Esta flor é correntemente designada por “Flor da Paixão” (o fruto é também designado “passion fruit”), pela sua forma característica: Coroa de espinhos, cinco chagas e três pregos, o que relembra a crucificação de Jesus Cristo.
Planta de clima tropical ou sub-tropical, lenhosa e de crescimento rápido, trepa por meio de gavinhas o que implica apoio através de arames, redes ou até mesmo um arbusto grande. Propaga-se através de reprodução sexuada ou via vegetativa e necessita de polinização cruzada. Dá flores no Verão e Outono, seguidas da frutificação, que apesar de comestível nem sempre apresenta sabor agradável. Geralmente origina muitas sementes e o fruto é também reconhecido pelas suas propriedades calmantes, devido a uma substância que possui.
Necessitam de solo húmido com boa drenagem e sol directo.

P.S. Patricia, é uma boa hipótese de trepadeira!:) Ana e Zé, para as amoras preciso de mais tempo!;)

sábado, 12 de maio de 2007

Choupos em Oeiras

Esta semana presenciei um fenómeno interessante no famoso "sobe e desce"! Para quem não sabe, é a recta que liga o centro histórico de Oeiras à zona de Nova Oeiras, recta limitada do lado direito pela EAN e do lado esquerdo, pelos Jardins do Palácio do Marquês de Pombal.
Mas como estava a dizer, fui testemunha de uma visão no mínimo curiosa! Esteve a semana toda a "chover" algodão!!!
Pois é...Parece que estou a dizer um disparate ou que estive com alucinações, mas quem por ali passou sabe que não estou a mentir! Perante tal cenário, pus-me a observar e deduzi que fosse qualquer espécie na fase da libertação/dispersão de sementes. Mas qual espécie e de onde vinha ao certo?!
Tendo em conta a quantidade que pairava no ar só poderia ser de vários exemplares e provavelmente de tamanho elevado! Depois de uma observação mais atenta à flora existente naquele local, deduzi que o "algodão" só podia provir dos famosos CHOUPOS que se encontram nos Jardins do Palácio do Marquês de Pombal.
Nas minhas pesquisas posteriores, verifiquei que, apesar de ter sido incomodativa aquela "chuva" todos os dias aqui em Oeiras, parece que no Porto este “problema” já tem sido bastante falado (http://jn.sapo.pt/2005/05/12/grande_porto/choupos_largam_nuvem_sementes.html).

Mas afinal o que podemos dizer destas espécies?

Os choupos pertencem ao género Populus spp., existindo aproximadamente cerca de 30 espécies.
Pertencem à classe das angiospérmicas e são monóicas, isto é, as flores masculinas e femininas nascem em amentilhos separados mas na mesma árvore. O sistema radicular desenvolve-se muito rapidamente tornando-se bastante invasivo, o que pode causar problemas de estabilidade a nível de estruturas de habitação, canalizações, arruamentos, etc.
Possui folha caduca, que apresenta uma beleza invulgar visto a página inferior apresentar por vezes uma coloração prateada. Na floração desenvolve uma “cápsula” sedosa que envolve a semente e que é nada mais, nada menos, a causadora desta "chuva de algodão". São árvores que dão origem a madeiras leves, moderadamente flexíveis, elásticas e resistentes.
Devido a esta "técnica" de dispersão de semente são plantas que se reproduzem e propagam com muita facilidade, sendo actualmente consideradas "pragas" e estando proibido por lei a sua plantação. No entanto, devido ao seu rápido crescimento não deixam de ser excelentes árvores de sombra, principalmente em habitações, pois atingem rapidamente os 15-30 metros.

domingo, 6 de maio de 2007

Apresentações: Ciclames


Cyclamen spp.


Os ciclames chamam-me atenção pela suas flores invulgares, que se elevam em pedúnculos sem folhas! As cores podem variar do branco e o rosa ao vermelho -carmim (Foto). Chegam a durar todo o Inverno e ainda se mantêm na Primavera. São vendidas em vaso mas também podem ser plantadas no solo. Convêm no entanto ter cuidado, porque possuem um principio tóxico para os gatos (ciclamina), provocando sintomas clínicos graves.



quinta-feira, 3 de maio de 2007

Agricultura em Portugal...

Ainda esta semana, em mais uma conversa de café, comentei o quanto lamentava que a maioria das pessoas que conheço achasse que a agricultura em Portugal já não existe. Não é difícil encontrar quem fique pasmado quando digo que estudo Agronomia! E pela maioria das expressões, sei sempre que a pergunta seguinte é:" Mas isso tem futuro?! Achas que vais conseguir arranjar emprego?".
Pois bem, para quem não se encontra na área talvez pareça que a agricultura em Portugal já deu o q tinha a dar... Mas eu não colaboro minimamente com esta ideia! É certo que existem grandes falhas na nossa agricultura, não é uma actividade que se encontra em plena expansão, não traz uma riqueza enorme ao País e de facto oferece cada vez menos postos de trabalho. Mas a agricultura em Portugal existe! E pode e deve ser incentivada! Eu pelo menos acredito nisso...
E qual não é o meu espanto, quando hoje, ao folhear o "Jornal de Oeiras", encontro um artigo que expressa muito daquilo que penso e que por isso mesmo decidi aqui citar algumas partes desse mesmo texto:

"A agricultura em Portugal desapareceu, já não existe", foi manchete num jornal e o título duma extensa entrevista com o antigo Ministro da Agricultura Arlindo Cunha. Como está entre aspas, tanto na primeira página como no título da entrevista, qualquer leitor fica a pensar que é da responsabilidade do entrevistado (...) Tendo o entrevistador perguntado como avaliava a politica agrícola deste governo, a resposta foi: "de forma muito negativa. A agricultura em Portugal parece que já desapareceu e não existe, a avaliar pelo discurso político do governo". Na realidade, como se vê, o entrevistado não disse exactamente o que vem em manchete. Apesar de todos os enormes ataques a que tem estado sujeita (...) continua a existir agricultura em Portugal e com mais significado do que os nossos economistas insistem em atribuir-lhe (...). Basta passear por Portugal para ver que, em todos os sectores da agricultura ainda há alguma actividade significativa, da horticultura à pecuária, da viticultura à floresta e da pomologia à jardinagem. É verdade que não tem a qualidade e amplitude que podia e devia ter (...).
O que todos os portugueses deviam lembrar-se é que não são apenas os agricultores a pagar este descalabro. Quando vão ao supermercado e ali encontram batatas, cebolas, (...), vindas às vezes de bem distantes terras, deviam pensar o que isso representa na economia portuguesa. Com a destruição da agricultura sofrem o PIB, a inflação, o défice orçamental, o desemprego e a balança comercial. (...) muito mais simples é não ter de importar aqueles produtos que devíamos ser capazes de produzir, como os que acima referi e que bem podíamos exportar em grande quantidade.

Texto do Professor Catedrático jubilado Miguel Mota "In Jornal de Oeiras"

terça-feira, 1 de maio de 2007

Thrips, tripé, tripe, tripar...TRIPES!!

Fugindo um pouco do contexto, decidi aqui apresentar os famosos TRIPES!!!
São eles que me têm dado tanto trabalho estes últimos meses…
A fotografia em baixo é apenas um exemplo de uma espécie da ordem Thysanoptera! Actualmente são reconhecidas cerca de 5000 espécies de tripes. Mas estima-se que existem cerca de 8000! Este é apenas um…deles!
Apesar do meu trabalho de fim de curso basear-se no estudo dos tripes como praga para a cultura do tomate de indústria, estes insectos também atacam ornamentais, causando estragos directos bastante graves.
A imagem está bastante ampliada… Este pequeno insecto não tem mais do que 2 mm.